[CASA TARGARYEN] O Conturbado reinado do rei Aenys I Targaryen: a conquista por um fio
Rei Aenys Targaryen por Magali Villeneuve |
A guerra de conquista deixou feridas profundas no reino. Muitos em Westeros sonhavam em restaurar seus reinos, vingar-se das perdas infligidas pela guerra ou ainda viam com maus olhos os costumes valirianos dos Targaryen, principalmente o incesto. Este caldeirão de insatisfação era segurado apenas devido as ações diplomáticas dos conquistadores, ainda frescas quando Aegon morreu, e a ameaça constante representada por seus dragões.
Contudo, as queixas e ressentimentos deixados pela guerra de conquista, eclodiram em revoltas logo durante o primeiro ano do reinado de Aenys I. A primeira delas ocorreu nas terras fluviais, onde um bandido fora da lei conhecido como Harren, o Vermelho, afirmava ser neto de Harren, o Negro. Harren e seus homens tomaram Harrenhal e mataram lorde Gargon Qoherys.
Convencido de que os pequenos o amavam, Aenys não entendia por que as pessoas sentiam a necessidade de se rebelar contra ele. Ele considerou enviar mensageiros aos quatro rebeldes, para saber por que eles haviam se rebelado, porém foi incapaz de decidir a melhor maneira de lidar com eles.
Enquanto Aenys hesitava em suas decisões, alguns senhores dos Sete Reinos decidiram agir por conta própria. Lorde Allard Royce reuniu forças para expulsar os rebeldes de Jonos Arryn, o que acabou causando a morte de Ronnel Arryn, pois Jonos fez o irmão voar pelos Portões da Lua direto para a morte. A situação só foi resolvida quando Maegor voo até o Vale com Balerion para sufocar brutalmente a rebelião. Jonos e seus seguidores, mesmo rendidos, morreram na forca pelas mãos de Maegor.
Nas Ilhas de Ferro, o Rei Lodos foi rapidamente despachado por Lorde Goren Greyjoy, que enviou sua frota para a Velha Wyk e Grande Wyk, onde milhares de seguidores do Rei Lodos foram massacrados. O próprio Lodos também foi morto, e sua cabeça decepada foi enviada para o rei Aenys.
A maior das ameaças no entanto, o Rei Abutre, foi por muito tempo ignorando pelos Martells, embora a princesa Deria Martell assegurasse a Aenys que estava fazendo de tudo o possível para reprimir a rebelião. Contudo, os senhores da Marca resolveram a situação, derrotando os seguidores do Rei Abutre e o capturando em seguida, numa perseguição que ficou conhecida como a Caçada ao Abutre.
Harren, o Vermelho, foi o primeiro e o último dos rebeldes. Ele foi encurralado nas terras fluviais pela Mão de Aenys, Lorde Alyn Stokeworth. Na luta que se seguiu, Harren matou Lorde Alyn, só para ser morto pelo escudeiro da Mão, Bernarr Brune, logo em seguida.
Quando todas essas insurreições finalmente terminaram, Aenys recompensou todos os senhores e cavaleiros que haviam liderado suas forças contra os rebeldes com ouro, títulos e terras. Bernarr Brune foi sagrado cavaleiro por Aenys como recompensa por seu serviço. A Goren Greyjoy, Aenys concedeu "qualquer benefício que ele desejasse" como demonstração de gratidão, uma decisão que Aenys mais tarde se arrependeria, pois Goren exigiu que ele fosse autorizado a expulsar a Fé dos Sete das Ilhas de Ferro, para grande fúria da Fé e do resto do reino. Com a morte de Alyn Stokeworth, Aenys nomeou Maegor como sua nova Mão do Rei, mas dois anos depois a amizade entre os irmãos desandou quando Maegor realizou um segundo casamento sem a autorização do rei.
A decisão de Maegor agravou a relação entre Aenys e a Fé, o que foi piorada quando em 41d.C, Aenys resolveu casar sua filha mais velha, Rhaena, com seu filho e herdeiro, Aegon, a quem nomeara príncipe de Pedra do Dragão no lugar de Maegor, o que desagradara a rainha viúva Visenya. Mediante ao casamento incestuoso, o Septo Estrelado manifestou uma repreensão pública, como nenhum rei recebera antes, endereçada ao “Rei Abominação” - e de repente, senhores piedosos e até os plebeus que antes amavam Aenys se viraram contra ele.
Após o casamento, Aenys decidiu enviar Aegon e Rhaena em uma turnê para conquistar o amor do povo, mas seus dois filhos foram hostilizados e ridicularizados. Os dois acabaram sitiados em Paço Codorniz, onde se refugiaram quando a viagem anual foi interrompida devido a uma revolta contra o Trono de Ferro.
Em Porto Real, Aenys e sua família sofreriam uma tentativa de assassinato por parte dos Pobres Companheiros, o que levou o rei a mudar-se às pressas com sua família para Pedra do Dragão, ignorando os conselhos da rainha viúva Visenya para levar fogo e sangue tanto para o Septo Estrelado quanto para o Septo da Memória, naquele momento dois agitadores perigosos contra o Trono de Ferro.
Naquele mesmo ano Aenys adoeceria, vindo a falecer subitamente em 42 d.C, depois de saber que seus filhos (agora casados) estavam sitiados em Paço Codorniz.
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