[ANÁLISE] O QUE ACONTECEU COM BALERION, o gatinho preto da princesa Rhaenys?


“Rhaenys também era uma criança. Filha do Príncipe Rhaegar. Uma coisinha preciosa, mais nova que suas meninas. Tinha um pequeno gatinho negro a quem chamava Balerion, sabia? Sempre senti curiosidade em saber o que lhe teria acontecido. Rhaenys gostava de fingir que ele era o verdadeiro Balerion, o Terror Negro de outrora, mas imagino que os Lannister lhe tenham ensinado rapidamente a diferença entre um gatinho e um dragão no dia em que lhe arrombaram a porta.” ( MARTIN, George RR, Eddad XV. A Guerra dos Tronos. São Paulo: Leya, 2010, cap. 58. Tradução de Jorge Candeias)


Segundo teorias, meio que já confirmadas por Martin, Balerion é o gato preto com uma orelha roída, o que faz com que ele pareça que tem uma orelha só, que atormenta atualmente (certíssimo) a vida das pessoas que vivem na Fortaleza Vermelha. Os fatos:

“O gato preto de uma orelha só arqueou o dorso e silvou para ela.
Arya avançou pela ruela, equilibrada com leveza nas pontas dos pés nus, escutando as batidas irregulares do coração, respirando lenta e profundamente. “Silenciosa como uma sombra”, disse a si mesma, “leve como uma pena”. O gato observou seu avanço com olhos cautelosos.
[...]
A Fortaleza Vermelha estava cheia deles: velhos gatos preguiçosos dormitando ao sol, caçadores de ratos de olhos frios retorcendo as caudas, gatinhos rápidos cujas garras eram como agulhas, gatos de senhora, todos escovados e confiantes, sombras esfarrapadas que caçavam nas pilhas de dejetos. Um a um, Arya os perseguiu, agarrou e trouxe todos, orgulhosamente, para Syrio Forel... todos, menos aquele endemoniado gato negro de uma orelha só.

- Este é o verdadeiro rei do castelo que aí está. – dissera-lhe um dos homens de manto dourado – Mais velho do que o pecado e duas vezes mais maldoso. Certa vez, o rei organizou um banquete em honra ao pai da rainha, e este bastardo preto saltou para a mesa e roubou uma codorna assada justamente dos dedos de Lorde Tywin. Robert riu tanto que quase explodiu. Afasta-se desse bicho, miúda.” (MARTIN, George RR, Arya III. A Guerra dos Tronos. São Paulo: Leya, 2010, cap. 32. Tradução de Jorge Candeias)

Ironicamente ou não, no mesmo capítulo que Arya persegue o gato pelo castelo, ela encontra nos calabouços escuros da fortaleza o grande crânio de Balerion, O Terror Negro, onde ela se esconde e escuta parte da conversa entre Illyrio Mopatis e Varys.

Mas esse reizinho ganha um pouco mais de destaque nos livros seguintes:

“A escada em espiral enrolava-se à sua frente, riscada por linhas de luz tremeluzente, vinda de janelas estreitas mais acima. Sansa arquejava quando chegou ao topo. Correu por uma colunata sombria e encostou-se com força na parede para recuperar o fôlego. Quando algo roçou em sua perna, quase saltou para fora da sua pele, mas era apenas um gato, um macho preto esfarrapado com uma orelha roída. A criatura bufou para ela e afastou-se com um salto.” (MARTIN, George RR, Sansa II. A Fúria dos Reis. São Paulo: Leya, 2011, cap. 18. Tradução de Jorge Candeias)

“(…) Seu favorito era um velho magricela com uma orelha mastigada, que a lembrava de um gato que ela uma vez havia perseguido por toda a Fortaleza Vermelha. “Não, aquela era uma outra garota, não eu.” (MARTIN, George RR, A Gata dos Canais. O Festim dos Corvos. São Paulo: Leya, 2011, cap. 34. Tradução de Jorge Candeias)

“Tommen: O gato mau estava do lado de fora da minha janela noite passada, mas Sor Salto sibilou para ele e ele fugiu pelo telhado.
Kevan: O gato mau?
Cersei: Um velho gato preto com uma orelha rasgada. Uma coisa imunda e mal-humorada. Arranhou a mão de Joff uma vez. Os gatos mantêm os ratos afastados, eu sei, mas esse aí... ele é conhecido por atacar os corvos no viveiro.” (MARTIN, George RR, Epílogo. A Dança dos Dragões. São Paulo: Leya, 2011. Tradução de Márcia Blasques)

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